Financiamento de £10 Mi para o LISA impulsiona missão de ondas gravitacionais
Financiamento de £10 Mi para o LISA impulsiona missão de ondas gravitacionais

A missão LISA (Laser Interferometer Space Antenna), liderada pela ESA, deu um passo importante após a confirmação de um financiamento de £10 milhões destinado à criação de laboratórios de alta tecnologia na Escócia, voltados à construção das bancadas ópticas que serão instaladas nos três satélites da constelação. Esse é o primeiro observatório espacial projetado para detectar ondas gravitacionais, o que representa um marco inédito na história da astrofísica.
O recurso será aplicado em instalações no Centro de Tecnologia de Astronomia do Reino Unido (UK Astronomy Technology Centre – UK ATC), em Edimburgo. Os equipamentos incluem salões limpos (clean rooms) projetados para montagem de precisão micrométrica, necessários para garantir que as ondas de laser percorram quantidades astronômicas — cerca de 2,5 milhões de quilômetros entre espaçonaves — com precisão de trilhões de vezes o diâmetro de um átomo
O processo de montagem envolverá a técnica chamada robotically-assisted bonding (RAB), desenvolvida pelo UK ATC e pela Universidade de Glasgow, que permite posicionamento com precisão inferior a um mícron (um milionésimo de milímetro)
O Professor Ewan Fitzsimons, principal investigador do LISA no Reino Unido, destacou que os laboratórios são “cruciais para atender aos padrões exigentes de montagem óptica” e serão fundamentais para garantir entregas pontuais dessa tecnologia crítica.
Por que isso é relevante para ciência e tecnologia
- Exploração do universo: O LISA detectará ondas gravitacionais de baixa frequência impossíveis de serem captadas em solo.
- Engenharia de ponta: a montagem de bancadas ópticas exige precisão de trilhões de vezes menor que a largura de um fio de cabelo.
- Desenvolvimento econômico: investimentos e empregos surgem na pesquisa aeroespacial, com impactos para startups e centros de inovação.
- Impacto global: a missão envolve colaboração entre ESA, NASA, universidade, indústria e institutos de pesquisa do Reino Unido.
Em resumo, o investimento de £10 milhões não apenas viabiliza o futuro observatório espacial LISA, mas também fortalece a liderança do Reino Unido e da Escócia na fronteira da ciência de precisão e tecnologia aeroespacial. A expectativa é que esse esforço facilite a primeira escuta direta das ondas gravitacionais vindas do espaço profundo, inaugurando uma nova era na exploração do cosmos.