Físicos Reproduzem “Bomba de Buraco Negro” em Laboratório

Físicos Reproduzem “Bomba de Buraco Negro” em Laboratório

Cilindro rotativo usado no experimento de superradiância

Em um avanço fascinante, pesquisadores das universidades de Southampton e Glasgow, com o CNR italiano, confirmaram experimentalmente um fenômeno previsto há mais de 50 anos: o efeito da “bomba de buraco negro” em laboratório.

O experimento reproduziu, de forma análoga, os processos teóricos de superradiância e o efeito Zel’dovich. Com um cilindro de alumínio giratório e campos magnéticos, observaram que ondas eletromagnéticas refletidas saem com maior amplitude do que entraram — fenômeno previsto por Press e Teukolsky em 1972.

Após remover a onda inicial, o sistema continuou gerando ondas espontaneamente. Os pesquisadores relatam que o mecanismo amplificou energia sem necessidade de fonte externamente aplicada — um comportamento semelhante ao proposto nas superradiantes em buracos negros.

Cilindro rotativo usado no experimento de superradiância

Por que isso importa?

  • Astrofísica fundamental: ajuda a entender processos extremos ao redor de buracos negros em rotação.
  • Teoria quântica e relativística: conecta experimentos de mesa a previsões teóricas de superradiância.
  • Aplicações potenciais: tecnologia de amplificadores, captação de energia e novos sistemas de ondas.

Em resumo: uma “bomba de buraco negro” genuína — mas controlada — foi criada aqui na Terra. O experimento abre caminho para novas investigações em astrofísica, energia de ondas e física fundamental.